Neste Terça-Feira, 14 de março, é comemorado o Dia Nacional dos Animais. A data tem como principal objetivo estimular a conscientização das pessoas a respeito dos cuidados que devem ser destinados tanto aos animais domésticos quanto aos silvestres e exóticos.
É inegável o espaço que os pets, sobretudo os cães e gatos, têm conquistado nos lares brasileiros nos últimos anos. O País é o segundo no mundo com maior registro de animais domésticos, atrás apenas dos Estados Unidos.
Segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há quase 140 milhões de pets nas famílias brasileiras. Os cães ainda são os preferidos, mas os gatos têm conquistado cada vez mais fãs. Há ainda quem prefira criar peixes, roedores ou outras espécies mais exóticas, como répteis e anfíbios.
O Sudeste é a região que conta com a maior população de pets (47,4%), seguido pelo Nordeste (21,4%). Sul (17,6%), Centro Oeste (7,2%) e Norte (6,3%) aparecem na sequência.
O outro lado
Embora sejam os preferidos das famílias, os cães e gatos são maioria também nas ruas. E a pandemia da Covid-19, que inicialmente fez aumentar o número de interessados em adoções junto a Organizações Não Governamentais (ONGs), associações e protetores independentes, vem deixando um rastro desolador no quesito abandono. O orçamento apertado é a principal justificativa usada por quem devolve ou, simplesmente, larga um animal na rua.
É buscando minimizar essas ocorrências que os atuantes na causa animal sempre frisam a importância de as pessoas ponderarem todos os aspectos familiares antes de levar um pet para casa. Isso inclui renda, espaço, dedicação e responsabilidades assumidas.
No Abrigo Seu Alberto, que fica na Região Metropolitana do Recife, foram acolhidos 33 animais abandonados entre o segundo trimestre e o final de 2020, sendo que uma das cadelas teve uma ninhada de 10 filhotes, aumentando o número de abrigados.
Neste ano, em menos de três meses, já chegaram mais 11 animais. Em contrapartida, as adoções minguaram e não são suficientes para equilibrar a rotatividade, superlotando o local. Esse retrato é de apenas um dos locais que realiza esse trabalho. As queixas são generalizadas.
E é importante ressaltar que esses espaços, abarrotados, bem como protetotes com ações independentes, sobrevivem de doações da sociedade civil. E, com a crise generalizada vivida, essas ajudas também diminuíram. Ou seja, são mais animais e menos dinheiro em caixa.
Responsabilidades
Na visão da ativista e ex-vereadora do Recife, Goretti Queiroz, o abandono de animais carece de políticas públicas eficientes. Para se ter uma ideia, a Secretaria de Defesa dos Animais do Recife (SEDA) não possui um levantamento atualizado a respeito da população estimada de animais vivendo em situação de vulnerabilidade na cidade.
Segundo a atual gestão, está sendo elaborado um projeto em parceria com três ONGs. "A proposta inicial é realizar mutirões de castração de cães e gatos abandonados e que circulam no entorno de mercados públicos, que vivem em imóveis abandonados e/ou fechados e em residências de pessoas acumuladoras. Essas ações auxiliarão a gestão municipal mapear a população animal nas vias públicas da cidade”, disse, em nota, a SEDA.
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